quarta-feira, 30 de abril de 2008

D. Quixote foi-se embora*(?)

"At Easter & Christmas
they granted us a view
of a world so much better
than the one we knew.
Everyone can share the Magic -
for thirty minutes at a time.
Here in Disney Time.
Here in Disney Time."



Tiago Oliveira
*letra de uma faixa de Jorge Palma

MAL-FAZER É FRUTO DA INCLINAÇÃO NATURAL*

"Build yourself a castle.
Keep your family safe from harm.
Get in to classical music.
Raise rabbits on a farm...
.
And people tell me
what a real nice guy you are.
So come on -
serenade me on your acustic guitar.
And don´t believe me
if I claim to be your friend.
Cos given half the chance
I know that I will kill again.
I will kill again."

Tiago Oliveira
* Título de uma faixa dos Ninivitas

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Coragem

"Antes prefiro que me dês já um tiro, do que eu entrar para o carro", foi assim que respondeu uma pessoa do local onde trabalho, quando vítima de carjacking, lhe disseram para entrar no carro.

Triman

terça-feira, 22 de abril de 2008

Hoje termino o dia assim:

- Muitas vezes ouço dizer que temos que ter um espaço para nós próprios, tirar um tempo para nós. Acredito na importância desse facto, mas e se eu não estiver cá amanhã? Peso na balança se vale a pena estar algum tempo comigo próprio ou antes aproveitá-lo com relacionamentos...

- "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor" (I coríntios 13:13)

Triman

Além da infantilidade

"A oração de Jonas (na barriga do peixe) não é uma auto-expressão original e espontânea." (...)"Nenhuma palavra na oração é original. Jonas tirou cada palavra - começo, meio e fim - do livro de Salmos." (...)
"A oração, que geralmente supomos ser mais verdadeira quando é mais espontânea, aparece em Jonas quando ele está na condição mais difícil que se possa imaginar como algo aprendido. Nossa surpresa diminui quando consideramos a linguagem em si: começamos com clamores desarticulados, mas depois de anos de aprendizagem somos capazes de criar sonetos. Sons infantis são mais honestos que os sonetos de Shakespeare? Ambos são honestos, mas os sonetos têm muito mais experiência." (...)
"Isto contrasta com o clima predominante da oração." (e não só!) "Nossa cultura nos apresenta formas de oração que são em grande parte auto-expressão - derramamo-nos perante Deus ou damos graças a Deus quando precisamos ou temos a oportunidade. Essa oração é dominada pela sensação do eu. Mas a oração, oração madura, é dominada pela sensação de Deus. A oração nos resgata da preocupação connosco mesmo e nos leva à adoração e peregrinação a Deus."
Eugene Peterson in "À sombra da planta imprevisível"

Tiago Oliveira

Diferenças II

E continua... Ontem no trabalho estavam a falar sobre ter bicicletas em casa (de ginásio), e eu referi que não tinha espaço para tal coisa. Ao que o meu colega responde "espaço tenho a sobrar. Aliás, há desvantagens nisso. É que quero vender a casa, mas quem é que quer uma casa de 13 assoalhadas?". No meio da conversa eu e a minha colega até lhe dissemos que se ele nos quiser dar a casa e pagar a uma mulher a dias, nós aceitamos.


E muito poderia eu acrescentar sobre este tipo de conversas...

Triman

sábado, 19 de abril de 2008

A consciência de Deus

Na cacofonia da discussão sobre a igreja e das razões para o seu não crescimento (como se essa fosse de algum modo uma questão central)...

Como alimentar a fé sem que esta se transforme num "sentimentalismo religioso ou choro romântico" ou, por outro lado, numa "arrogância patriótica ou orgulho farisaico"? No fundo, ir para além de "subjectividades e de ideologias" e, então, falar "Deus".*

Tiago Oliveira
*as expressões em "italico" são da autoria de Eugene Peterson, o resto é de minha responsabilidade (incluindoa adaptação da ideia)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Diferenças

À uns dias atrás uns colegas meus estavam numa conversa sobre os computadores portáteis e a internet. Às páginas tantas a colega refere que o filho tinha de usar um certo computador em casa com internet móvel porque a rede da casa não chegava ao quarto dele: "É que não estás bem a ver, a minha casa é muito grande, tem três pisos". Hoje, outro colega em conversa sobre a remuneração baixa de certos trabalhos disse "até a minha mulher-a-dias ganha mais, ela ganha quase 1000€. Pronto, não é bem mulher-a- dias, é como se fosse uma governanta". Até parece que estão a gozar connosco. Uma casa com três pisos eu dispensava bem, mas uma governanta que tratasse de tudo em casa era muito bem-vinda. Alguém dispensa uns míseros 1000€

Triman

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O nosso mundo!


Isto apenas para chamar a atenção de quem ainda não se tenha dado conta.

Tiago Oliveira

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ilustre convidado

No amante de alcatra pode ler-se "o meu amigo tem um blogue seu. Deixou de escrever à pala de outros...". Lamento desapontar. Ele é um ilustre convidado deste blogue que talvez venha a dar alguma credibilidade ao mesmo... "E o burro sou eu?"

Triman

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Rir faz bem à saúde

Numa entrevista ao Sr. Ricardo Araújo Pereira, li o seguinte:
" (...) satisfaço-me com qualquer um. Não posso ser esquisito, porque o riso não abunda. Há até quem diga que já não existe. Foi agora editado em Portugal um livro (História do Riso e do Escárnio, de Georges Minois, Teorema) cujo autor defende que o riso morreu. E o Eça escreveu que o riso tinha morrido durante a infância, alltura em que julga ter ouvido a última gargalhada genuína, e ele nasceu em 1845. Isto pode significar que o riso, depois de ter morrido há 150 anos, morreu agora outra vez. O que curiosamente, dá vontade de rir"
.
A cura de muitos males passaria talvez por nos rirmos mais vezes da/na nossa vida...
.
Triman

O óbvio que não queremos que seja real

Orar "Pai nosso... perdoa-nos as nossas dívidas (ou ofensas) assim como nós perdoamos aos nossos devedores" pressupõe que vivemos num mundo onde ofendemos e somos ofendidos.

Tiago Oliveira

domingo, 13 de abril de 2008

Frases

Hoje ouvi esta frase "A cidade afasta-nos de Deus".

Sobre Deus e a Fé

Nalguns círculos cristãos tendemos a confundir uma fé pessoal com uma fé individual. Confundimos o Deus pessoal com um deus individual.

Tiago Oliveira

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Gafe

Ontem, fora de horas, envio sms para uma pessoa com a seguinte pergunta: "aindas estás de pé?". Como quem diz: preciso de falar contigo mas não sei se já estavas a dormir e não queria correr o risco de te acordar desnecessariamente.
Sensivelmente quinze minutos depois recebo a resposta, pela mesma via, que li como se ouvisse claramente a voz. Seca: sem pontuação, sem despedidas ou outros apêndices. Um voz, num tom maternal, com duplo sentimento de censura e condescendência à mistura:
"Sim Tiago"

Tiago Oliveira

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Discernimento

É-nos mais confortável uma fé legalista. Existe o bem e o mal. O bem é facilmente distinguido do mal e vice-versa. Não quero relativizar porque é essencial saber chamar os bois pelos nomes. No entanto, tantas vezes é difícil discernir o significado das acções. Aqui fica o primeiro exemplo:

paciência ou apatia
Tiago Oliveira

Apresentação

"Mítia, ao desenvolver esta sua nova ideia, chegava aos píncaros do êxtase, como aliás sempre lhe acontecia nos seus projectos e iniciativas repentinos. Entregava-se a todas as suas novas ideias com paixão." Dostoiévski

Costuma ser assim, mas este não é o caso.

Tiago Oliveira

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Transportes Públicos

Não há dúvida que a ida para o trabalho desperta alguns pensamentos. Hoje, num dia de mau tempo (não tão mau como ontem), mais uma vez ao fazer a deslocação para o local de trabalho de transportes, surgiu-me, não pela primeira vez, uma certa indignação pela gente importante que defende os transportes públicos. Tirando algumas excepções, já por mim presenciadas no metro, por exemplo, ocorre-me perguntar: Será que esses senhores sabem o que é andar de transportes? Principalmente de camioneta em dias tempestuosos, em que se tem de fechar o guarda-chuva e acabar por ficar encharcados de qualquer maneira? Ou então, em horas do dia em que parecemos enlatados de sardinha ou na pior das hipóteses o autocarro parecer uma lata de paté? Ou mesmo, naqueles momentos em que vamos tranquilos e aparecem grupos com ar ameaçador ou simplesmente a falar alto e a andar de um lado para o outro?
Não me parece. Note-se também sou apologista da utilização dos transportes públicos, mas por favor, não façam destes uma imagem que os mesmos não têm. E acrescente-se, parece-me que já foi bem pior...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Viver todos os dias

Hoje, ao deslocar-me para o trabalho, de transportes, e enquanto pensava no dia que se seguia veio-me à mente um livro que li há alguns anos, ou melhor o título do livro, porque do conteúdo infelizmente ocorre-me pouco - "Viver todos os dias cansa" de Pedro Paixão. Não é que me queixe da vida em si, não é que não goste de viver, trata-se simplesmente de que viver neste mundo todos os dias não é "pêra doce". É mesmo caso para dizer "Valha-nos Deus"...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ida para o Trabalho

Neste momento o melhor que o trabalho me dá (e eu gosto de trabalhar), é a viagem de casa ao local. Aliás, quando é possível ir de carro, pois é dos poucos, senão o único momento do dia em que estou um pouco só. E diga-se, em abono da verdade, não é que eu goste de estar só, mas ás vezes sabe bem...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Má Língua

O local onde trabalho é à semelhança de muitos outros, um local onde a miséria do ser humano abunda. Não falo daquela miséria visível a todos os olhos atentos. Talvez bem pior, faz lembrar uma "roda de escarnecedores". É a pura da maledizência e do cinismo a imperar naquele local. O choque maior é percebermos que existe um certo gostinho por esta atitude, é uma atracção fatal pelo próximo, mas pelo mal ao próximo. Ou por outro lado, pelo bem de si próprio.
Só me resta levantar os braços e dobrar os joelhos de forma a tentar escapar impune a esta roda, e digo impune no sentido de não fazer parte dela e não no sentido de não ser o alvo da mesma, porque aí afirmo: "ninguém escapa ileso".