domingo, 13 de dezembro de 2009

Reflexões

No final do mês passado rumámos 12 dias até Viseu, além de um tempo mais sossegado por não ter de fazer refeições nem tratar de tanta coisa em casa foi um tempo de alguma reflexão, porque ouvimos tantas queixas à nossa volta, quando em situações de frio, podemos aquecer as nossas casas, ou o nosso corpo, em situação de apetite podemos saciá-lo, em situação de doença podemos ser atendidos. Deviamos ser muito gratos e generosos ao apercebermos de tal realidade!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Perspectivas de vida

Pensava que só voltaria a escrever aqui quando regressasse ao trabalho, mas cá estou. A verdade é que regresso após ter ido ao meu local de trabalho.
Ontem, fui entregar papelada à escola, os meus colegas e funcionários cheios de perguntas e admiração pelo facto de ter três filhos. Embora achem um tanto ao quanto estranho, o que me parece normal na sociedade que vivemos. Mas, um colega em particular ficou, já pela 2ª vez, bastante chocado com isso. Para ele é como se nós fossemos irresponsáveis por termos passado do nº 2, referiu que eu é que devia ter ganho juízo, e que para ter filhos eram precisas várias coisas inclusive muito dinheiro. Este meu colega colocou-me com um atestado ou de irresponsabilidade ou de riqueza, quando eles ganham mais que eu. Não há dúvida que agradeço muito a Deus pelo trabalho que tenho e o ordenado que recebo, mas não entremos por aí. Além disso, o que ele diz é que no fundo eu podia dispensar um destes filhos e ficava muito melhor e isso sinceramente não é coisa que se ponha em questão!
Marta Nunes Oliveira

sexta-feira, 5 de junho de 2009

De Profundis, Valsa lenta

Ontem decidi ler "De profundis, Valsa Lenta", (de José Cardoso Pires) pelos seguintes motivos:
Primeiro, queria ler um livro deste autor, que tanto fala António Lobo Antunes nas suas entrevistas e segundo, porque o meu irmão tinha oferecido este livro ao meu cônjuge, e ambos tinham gostado.
Não me lembrava qual era o tema, mas assim que comecei a ler comentamos por aqui que talvez não fosse a melhor leitura para esta altura. No entanto, já tinha iniciado e iria continuar. Depois de terminado, percebo que não foi uma leitura inadequada para a altura:
"Eu, eu, saído da névoa, a ir ao encontro de mim na superfície dum vidro emoldurado e com a sensação ou com a certeza (ah sim, com a certeza, a mais certeza) de que encontrara a memória. Incrível a memória tinha reaparecido, o coágulo de sangue, esse selo que me estrangulara o cérebro, diluíra-se no segredo do corpo e eis-me livre, renascido..." (J.C.P.)
Triman

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia da Criança

Lembro-me pouco se os meus pais brincavam comigo, mas recordo vivamente os passeios em família que faziamos a Belém, e não só. Muitas vezes jogávamos à bola, a minha mãe era guarda-redes, vá-se lá imaginar isto. Recordo também com grande satisfação as férias que passavamos juntos. Foi bom e possível ser criança com esta família. O Dia da criança era com certeza, como é agora com os nossos filhos, um dia qualquer, mas a minha mãe fazia questão de nos dar um livro nesse dia "especial", pela importância que eles atribuiam à leitura. Como gostei dessa experiência, tentarei continuar essa tradição com os meus filhos, por isso, ontem mais uma vez um livro se junto à sua mini-biblioteca.
Triman

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Finalmente!

Consegui terminar o livro, antes que um novo bebé decida chegar e a possibilidade de qualquer pessoa ler nesta casa ficar ainda mais remota, e espero ainda ter tempo de iniciar outro...há que aproveitar!
"Outros deuses eram fortes; mas Tu fraco tinhas de ser;
A caminho do trono cavalgaram, mas Tu tropeçaste ali;
Nossas feridas apenas Deus pode entender;
E nenhum deus tem ferimentos além de Ti"
(Edward Shilliti, cit in O Jesus que eu nunca conheci, Philip Yancey)
Triman

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Reflectir

Parece que quanto mais tempo passo dentro de portas menos me dá para escrever, por isso, acabo por me remeter às coisas que vou lendo ou vendo.

Finalmente depois de um ano, comecei a ler o livro "O jesus que eu nunca conheci", Philip Yancey (que está quase no final). Um dos capítulos que li " A ascensão: um céu completamente azul", tal como outros assuntos do livro deixou-me realmente a pensar. Para o autor, a ascensão representa a passagem da missão de Jesus para nós (Igreja). Ficam aqui duas citações:
" "onde está Deus quando sofremos?", tenho perguntado com frequência?". A resposta é outra pergunta: "Onde está a igreja quando alguém sofre?" "
"Cristo, ou Cristos no grego, é tradução da palavra hebraica Messias, que significa ungido e se refere à maneira antiga de coroar os reis. Agora, todos nós que nos chamamos cristãos carregamos o eco da palavra que tanto frustou as pessoas do tempo de Jesus. Fico imaginando: será que entendemos melhor o reino de Deus?"
Triman

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Silêncio justificado

Nestes últimos dias, embora tivesse pensado em algumas coisas para escrever, não o fiz. E um dos motivos principais, é que o meu cônjuge, esteve praticamente o tempo todo a ocupar a secretária, onde se encontra o excelentíssimo computador. É o que dá quando se aproximam eventos que exigem alguma preparação. Assim, continuarei sem escrever nada de especial, porque vamo-nos "retirar" com a comunidade. Pode ser que traga alguns ecos sobre amizade com Deus e com os outros, ou quem sabe pode ser que o outro autor deste blog se lembre de o fazer...
Triman

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Amar

"- Porque é que parte do principio que ser feliz é estar apaixonado por alguém?
- Porque senão as pessoas são infelizes. Lembre-se da frase de Malcolm Lowry, "não se pode viver sem amar". Acredito sinceramente nisso."
(Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 Confissões do Trapeiro)

Se aceitassemos o amor de Deus e o amassemos, seríamos com certeza todos mais felizes.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"Uma vez estive num retiro para homens destinado a ajudá-los a "entrar em contacto com as suas emoções" e quebrar os estereótipos restritivos da masculinidade. Enquanto me encontrava sentado num pequeno grupo, ouvindo outros homens contar suas lutas para se expressarem e para experimentarem verdadeira intimidade, percebi que Jesus viveu um ideal de realização masculina que dezanove séculos mais tarde ainda escapa à maioria dos homens. Três vezes, pelo menos, ele chorou na frente dos seus discípulos. Não ocultou seus temores nem hesitou em pedir ajuda: "A minha alma está cheia de tristeza até a morte", ele lhes disse no Getsêmani, "ficai aqui e velai comigo". Quantos líderes fortes de hoje se mostrariam tão vulneráveis?" (Philip Yancey, O Jesus que eu nunca conheci"
Triman

quinta-feira, 26 de março de 2009

Leituras

"A minha infância foi feita disso, quando eu estava doente o meu pai sentava-se à beira da cama e lia-nos, para aí com 10 anos, o Antero, o Gomes Leal, o Sá Carneiro. (...) Os Pintores que ele amava, os músicos que ele amava e que nós eramos obrigados a ler, eramos obrigados a debitar, eramos obrigados a conhecer. (...) Era uma chatice bestial, mas penso que, em grande parte, devo a esta persistência, a essa obstinada paciência muito daquilo que sou" (Entrevistas com António Lobo Antunes, 1979-2007 Confissões do Trapeiro)
Triman

sexta-feira, 20 de março de 2009

Um ano

No dia 18 deste mês, este blog fez um ano. Com muitas dificuldades de inspiração e publicação o primeiro objectivo foi atingido. Resta agora desafiar o segundo autor, a voltar às suas publicações...
Triman

quinta-feira, 19 de março de 2009

Crash

"- É a sensação do toque.
- O quê?
- Numa cidade a sério, as pessoas caminham, roçam umas nas outras, trocam encontrões. Em L.A. ninguém se toca. Estamos sempre atrás de metal e vidro. A falta desse toque é tão dolorosa, que nos espetamos (crash) contra os outros para sentir qualquer coisa"

(Filme: Colisão, Paul Haggis, 2005)

Triman

sexta-feira, 13 de março de 2009

O final do comodismo

"Vamos deixar a porta assim (aberta), que é para ouvir o mano"
Foram as primeiras palavras que ouvi no dia de hoje, quando de repente entra o filho mais velho no quarto. Olho para o relógio e são 5h50 da manhã (ele costuma acordar entre as 6h20-6h45).
Não voltou a dormir, claro, embora tenha ficado deitado a cantarolar até às 7h00.
Os filhos têm destas coisas aos pontapés, não nos permitem viver acomodados. Talvez das poucas coisas que nos "atrapalhem" a nossa vidinha descansada sejam eles próprios e graças a Deus por isso!

Triman

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Second Life

Não me considero um cinéfilo e muito menos sou crítico de cinema, mas há uns dias atrás, quando estávamos "sem filhos", resolvemos ir ao cinema. De entre várias hipóteses poderíamos ir ver "A Dúvida", "Quem quer ser Bilionário" ou "Second Life". A escolha foi meramente circustâncial, e acabámos por ir ver o último. Grande e ridículo é o meu espanto quando vou ver o resumo dos óscares e percebo que "Quem quer ser Bilionário" é a tradução de "Slumdog Millionaire", não sei porquê mas tal coisa não me tinha passado pela cabeça. Se não fosse a minha burrice ou se tivesse uma "Second Life", tinha mandado as circunstâncias à fava e com toda a certeza não teriamos ido ver aquele filme, que até hoje (se bem me lembro) foi o único no qual tive vontade de sair da sala do cinema!
Triman

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Não pude deixar de abrir outra excepção para este tipo de assuntos (filhos).
O meu filho mais velho no momento de oração, em que um dos seus pais dizia a frase e ele repetia, surgiu a frase "ajuda a mamã e o papá a ficarem melhores", ele repetiu e acrescentou que Jesus ía curar o Papá e a Mamã e na frase "obrigado porque o mano está melhor", ele acrescentou, porque Jesus curou.
Não há dúvida que para eles é tudo mais simples...

Mas, não ficando por aí, hoje disse "Ah, já sei o nome do mano, é Jesus, para ser como este"!!!

Triman

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Expectativas

Nesta casa já se conta mais do que um filho, todos do mesmo género. Como já era de esperar, ao aproximar-se a chegada de um próximo, a expectativa de quase todas as pessoas (até aquelas que mal conhecemos) é que esse próximo mudaria as coisas desta casa. O que não esperavamos é que ao contar que o próximo vem fazer companhia aos irmãos no seu género, as pessoas fiquem mais atrapalhadas que nós e tentem apresentar justificações de como isso também é positivo. Aliás, já quando soubemos o sexo do 2º filho muita barbaridade ouvi, mas a melhor foi de uma colega que respondeu "parece que a mim é que me saiu a sorte grande, tive uma menina e depois um menino", nunca pensei que isto de ter filhos fosse um jogo de sorte. Então, parece que a mim me saiu o azar grande...pois graças a Deus por isso.
Triman

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Recordações das Leituras de Calvin & Hobbes

Não tenho por hábito postar sobre os filhos, mas vou abrir umas excepções. O meu filho mais velho, embora aparentemente calmo, faz coisas que não lembram a ninguém a não ser ao Calvin (& Hobbes). No Natal, lembrou-se de ir colocar um carro Faísca McQueen do primo nas velas acesas, sorte que estava uma única pessoa atenta (eu) e a tempo de salvar o pobre carro, o fim-de-semana passado em casa dos avós maternos lembrou-se de se levantar da cama durante a sesta e ir à casa de banho fazer a barba, pode-se imaginar o resultado e hoje, já no quarto para dormir decidiu fazer uma necessidade fisiológica no canto do quarto. Nem quero imaginar que mais pode sair desta cabecinha ainda tão ingénua!
Triman

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bichos Carpinteiros

Apesar da televisão desta casa continuar avariada, dando-nos uma imagem um tanto ou quanto diferente daquela que supostamente deveria dar, sempre vai dando para ver alguns filmes, tendo sido o último de Woody Allen, Match Point. ( têm sido quase sempre "ofertas" da minha querida irmã, que em solidariedade me vai emprestando alguns filmes da sua cabeceira).
Acabei de ler o livro que tinha iniciado ( vá lá, desta vez não precisei de tanto tempo, também era melhor, com uma leitura tão acessível...), e de tudo o que li, destaco o seguinte:
"(...) de entre os animais em vias de extinção, preocupa-me que o bicho carpinteiro não seja protegido(...)Será possível que crianças vivas, educadas em famílias cada vez mais democráticas, cada vez com menos tempo para brincar, com menos espaço nas suas casas e bairros, com mais compromissos escolares (que, se os pais utilizarem toda a oferta que a escola disponibiliza, podem lá estar 55 horas por semana), sejam ainda mais sossegadinhas?" (Sá, E., Más maneiras de sermos bons Pais)
Lembro-me dos meus Pais se referirem a nós como tendo bichos carpinteiros, e parece-me que aqui em casa esses bichos ainda não estão em extinção, mas também me preocupa, por vezes, o tentar-se por diversos meios extinguir a vivacidade natural existente em cada criança e adolescente. Poderá correr-se o risco de não extinguir os bichos carpinteiros, mas talvez, transformá-los numa praga....
Triman