sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Momentos a recordar

Esta semana dei-me ao luxo de fazer algumas excêntricidades. Uma delas nem me atrevo a enunciar, mas outra deixarei um breve registo.
Ontem à noite, fomos ao concerto da Flor Caveira, e não podendo fazer uma análise crítica deixo o meu registo pessoal. Apesar de ter sentido o sabor do arrependimento quando cheguei ao local, após o espectáculo esse sabor tinha um aroma agradável. Os meus Parabéns!
Devo dizer também que para mim a maior surpresa não foi a presença de Rui Reininho, embora tenha sido um momento fenomenal, mas sim a presença deste senhor admirável atrás de um balcão, a vender T-shirts e CD's.
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Triman
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Nota: Um agradecimento especial ao meu cunhado, que também pensou em nós ao reservar os lugares.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Trocado por miúdos

Mais uma semana se passou, sem registar aqui coisa nenhuma. As circunstâncias da vida não me deram oportunidade para isso, isto "trocado por miúdos" significa, que a miudagem cá em casa ficou doente e os planos foram por água abaixo...
Por isso, filmes e leitura, ficam as memórias da semana anterior:
- "Uma família à beira de uma ataque de nervos", Jonathan Dayton, Valerie Faris
- "Tudo sobre a minha mãe", Pedro Almodovár
- "O Grande Peixe", Tim Burton
-"Canção de Amor para Bobby Long", Shainee Gabel
- "Em seus Passos o que faria Jesus" , Sheldon, C. (terminado após quase um ano...)
- "Más maneiras de sermos bons Pais", Sá, Eduardo (Espero que não precise de um ano para o terminar!)
Nesta semana, também não me reservam grandes novidades, isto porque a televisão decidiu avariar, por isso os filmes que aqui estão vão ter de esperar alguns dias para ser vistos. Talvez, a televisão se recomponha quando os filhos voltarem a se "descompor"!
Triman

sábado, 6 de dezembro de 2008

Os dias passados e os próximos dias!

O último mês foi no mínimo diferente. E ao contrário do que se faria supor, acabei por ter menos coisas para postar do que em meses que teoricamente não tenho tanto tempo. Esperava que tudo voltasse à normalidade, mas o diagnóstico foi contrário e continuarei pelo menos mais um mês à espera. Assim, parece-me que aparecerei cada vez menos vezes. A ver vamos. Pode ser que este mês já consiga fazer algo mais útil (dentro das possibilidades), como ver filmes ou ler, e assim pelo menos fazer esse registo.
Triman

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Crianças

As crianças enquanto ainda o são, conseguem surprender os adultos. O meu filho ao escolher um brinquedo para dar, optou por um relativamente recente e do qual ele gostava. Tive mais pena eu do que ele, mas incentivei essa atitude.
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"Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, nãos os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus" (Mt 19:13-14)


Triman

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O "nosso" dinheiro

"Ela nunca teria feito semelhante pergunta de carácter pessoal. Agora, porém, parecia-lhe natural falar francamente sobre dinheiro como, de resto, sobre qualquer assunto que pertencesse a Deus"
Ao ler esta frase relembrei-me de que alguns domingos atrás, o tema abordado na Igreja foi algo sobre dinheiro. Várias coisas interessantes foram ditas, colocando o nosso dinheiro como um assunto de Deus, mas tocou-me particularmente o que dissera um dos palestrantes. Embora não possa repetir exactamente as suas palavras, referia-se ao facto de quando nos perguntam admirados se nós damos o dízimo, nós acabamos por responder que é necessário para que a Igreja "sobreviva". No entanto, com isto estamos a entrar no esquema da sua pergunta. De facto, deveríamos responder que damos aquilo que Deus nos pede. Eu também dei aquele tipo de resposta, mas obrigado Tiago C., porque me fizeste ver que há respostas muito mais cristãs.
Triman

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Local de trabalho II

A chama acendeu-se outra vez lá no trabalho, e não tem sido fácil escapar a maledicência, é caso para dizer:
"Deus faz-nos instrumentos da tua paz.
Onde há ódio, semeemos amor.
Onde há dúvida fé.
Onde há desespero, esperança.
Onde há tristeza, gozo(...)
( São Francisco de Assis)

Triman

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Acerca do mercado das conversões

Estive a dar uma vista de olhos nos últimos posts deste senhor. Senti-me compelido a dizer alguma coisa. Em primeiro lugar deixo uma nota inicial: sinceramente não creio que seja importante a validade científica do estudo. Parece-me que as conclusões que tiram, concordemos ou não com elas, exigem alguma reflexão. Por outro lado, não posso deixar de concordar com o Tiago Cavaco no facto de que as pessoas que se manifestaram contra o estudo fazem-no mais por um anti-catolicismo enraizado.

Assim, passo a enunciar algumas ideias soltas:

A confissão de fé Baptista de 1689 afirma: “O papa de Roma… é o anti-cristo, o homem da iniquidade e filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra Cristo e contra tudo que se chama Deus. O Senhor Jesus o matará com o sopro de sua boca.”
Em boa parte a igreja de roma tem sido o bode expiatório para a nossa própria fraqueza. Está lá sempre presente como o animal em quem podemos sempre deitar a culpa pelo nosso próprio insucesso. Não podemos, no entanto, fugir da dura realidade das nossas congregações.
É tempo de assumir a igreja de Roma como parte da expressão do cristianismo, não contornando as nossas diferenças (algumas bem importantes), mas sem demonizar.

Já aqui afirmei que se deve duvidar de uma fé que vive por antagonismo. Deve-se duvidar da fé que vive quer do antigo antagonismo à igreja católica quer do neo antagonismo à igreja institucional (seja lá o que isso signifique). Na minha opinião, uma parte da expressão das nossas comunidades fez-se do antigo antagonismo, que ainda permanece (embora deva reconhecer que existiram razões para isso acontecesse). Na minha opinião, e perdoem-me a franqueza, a razão pela qual afirmar a nossa fé não chega é que nós próprios reconheceremos a nossa fragilidade.

Por isso, nesta construção em antagonismo rejeitámos tudo (coisa que os primeiros reformadores não fizeram). A expressão que deitámos fora o bebé junto com a água do banho assenta-nos muito bem. Uma área levantada e que me parece ser muito pertinente e reveladora é exactamente a questão litúrgica. Em fuga de uma errada “sacramentalização” do culto, temos tornado cada vez mais esses momentos espaços com pouco conteúdo: onde as expressões pessoais, “culturalmente relevantes” e, claro, “espontaneas” apenas desnudam uma ingenuidade bacoca acerca do verdadeiro significado de culto e daquilo que é esperado de um acto dessa natureza. Não percebemos que vivemos presos das nossas próprias tendências, de palavras soltas e de pouca profundidade em suposto favor de algo mais imaculado, de algo mais genuíno. Sem darmos conta, entramos na liberal genuinidade de Caim que oferece o que quer, mas cuja oferta é recusada.

À pergunta se acredito que “os evangélicos conquistam católicos fracos ao passo que os católicos conquistam protestantes fortes”? Não sei. Mas inverto a pergunta: será que um católico forte se converteria ao movimento evangélico (mesmo reconhecendo as falhas e idiossincrasias do catolicismo)? E será que um evangélico forte não estará disposto e até desejoso de aprender em algumas questões com o que o catolicismo tem de melhor?

Tiago Oliveira

O apedeutismo europeu

Para mim é, em geral, desconcertante ouvir europeus a falar dos EUA. Não que não possamos fazê-lo, cada um fala daquilo que quer, mas sem compreender as diferenças e as idiossincrasias mútuas (reconhecendo, portanto, também as nossas), os discursos tornam-se, no mínimo, sem sentido.

Não posso esquecer um almoço de amigos no qual estava presente um americano: gabo-lhe a benevolência (para além do facto de que, sendo missionário, estava aconselhado a não falar de política - vá-se lá saber porquê!).

Encontrei este cartoon hoje, da autoria de Luís Afonso. Colocando-se os europeus em bicos de pés devido à suposta ignorância e estupidez do povo americano, este cartoon (como ícone de uma realidade que se estende ao país) apenas expõe o nosso próprio apedeutismo.

Tiago Oliveira

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Violação

Numa livraria mesmo em frente ao meu local de trabalho, foi violada a empregada, mulher de 26 anos, por três rapazes. Por si só, já seria uma história suficientemente macabra. Mas, o pior, é que embora a polícia os tenha apanhado, dois deles voltaram à sua vida normal, por serem menores de 16 anos. Não ficando por aí, voltaram a ser apanhados no final do mesmo dia por roubos. E agora, quem sabe se hoje mesmo já não tenham voltado à rua e feito mais uma vítima. Pelos vistos, não têm responsabilidade para serem presos ou coisa semelhante, mas têm a "responsabilidade" de roubar vidas, roubar carros, ou até mesmo roubar a virgindade a quem lhes apareça à frente...
Triman

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Após uma ausência por questões pessoais e por não estar ao pé do computador quando surgem as ideias, regresso, sem grande coisa para dizer, simplesmente porque um dia decidi meter-me nisto dos blogues e ainda nem um ano passou desde esse dia (pode ser que aguente um ano!)
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Ultimamente parece que tenho percebido melhor o significado de "Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram"(Rm12:15), e nem sempre tem sido agradável.

Triman


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

We grow in grace, slowly,
unremarkably,
ordinarily, yet miraculously.

in "Imaging the Word" (de Susan Blain)

Tiago Oliveira

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Apoio às familias

Enganem-se os Pais com esperança de que a criação de passes escolares com redução de 50% é um apoio à situação financeira da família, pois pela publicidade que ouvi na rádio esse dinheiro tem outro destino. Diz o filho, qualquer coisa como isto: "Fixe, vou dizer aos meus pais que o resto fica para mim"! Mais nada...
Triman

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Faça-se alguma coisa...

"Pela primeira vez em 90 anos, o número de mortes registadas em Portugal foi superior aos nascimentos, segundo os indicadores demográficos relativos a 2007 divulgados ontem pelo INE (...)
Até agora, só uma vez, em 1918, coincidindo com a gripe espanhola - epidemia que matou milhões de pessoas em todo o mundo-, o número de mortes registadas em Portugal tinha sido superior ao dos nascimentos.(...)
O índice de fecundidade foi de 1,33 crianças por mulher, face a 1,36 registado no ano anterior e muito longe das 2,1 necessárias para asseguarar a substituição de gerações."

(Jornal Global, 12 de Setembro)

Noventa anos depois, existe com certeza uma nova epidemia, mas o seu nome não é gripe espanhola...

Triman

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quando a fé não chega

O cristianismo baseia-se na afirmação de que Cristo é o caminho. O cristianismo recusa viver na negação, a não ser um claro não a tudo o que não seja Cristo.
Deve-se duvidar da fé que é vivida em antagonismo. Só quando a fé que prego não chega é que preciso de me afirmar na negação do outro. Deve-se duvidar da fé que vive quer do antigo antagonismo à igreja católica quer do neo antagonismo à igreja institucional (seja lá o que isso signifique).

Tiago Oliveira

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

As voltas do Mundo!

Parece que as conversas dos adolescentes (rapazes) já não são "mulheres, carros e Futebol". Hoje passou por mim um grupo de adolescentes, em que um deles perguntava o seguinte "Diz lá a sério, se tivesses de matar alguém, utilizavas o quê?". Deixem-se disso, voltem lá às mulheres que assim como assim, sempre são mais interessantes...

Triman

domingo, 7 de setembro de 2008

Retorno ao trabalho!

Volto ao trabalho e começa a lembrança de que o inevitável mal estar se vai impor um ou outro dia (ou muitos) durante mais um ano de trabalho. Assim que chego, tenho necessidade de confrontar o chefe com um pedido que lhe dificultará, com toda a certeza, a gestão que já estava orientada. Durante o ano passado, foi só ouvir que ele (chefe) é isto e aquilo, que não quer dialogar e só pensa nos seus interesses. Lamentem-me esses colegas, mas mais uma vez, não foi essa a minha experiência. Surpreendentemente, com calma e não o stress habitual, ele resolveu a questão e no final quando lhe pedi desculpa pelo incómodo respondeu: "Não faz mal, a falar é que nos entendemos e resolvemos as situações". Ainda estou para descobrir onde é que não é possível haver diálogo, mas sinceramente, espero que não seja este ano...
Triman

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Livro de férias



Dietrich Bonhoeffer, teólogo alemão do século passado, escreveu sobre ética em pleno auge do regime nazi, num momento em que a igreja discutia o seu papel nesse cenário. Escreveu que “todas as coisas surgem, de facto, deformadas quando não são vistas e conhecidas em Deus. Todos os chamados dados de facto, todas as leis e normas são abstracções, enquanto não se acreditar em Deus como na realidade derradeira”. Nesta realidade, que apenas pode ser reconhecida em Deus, Cristo é central, foi nele que Deus amou e reconciliou consigo o mundo. Esta é a realidade e o conhecimento desta deve transformar a nossa forma de ver o que nos rodeia. Logo, o cristão acredita que “o mundo pertence a Cristo e só em Cristo ele é o que é. Por isso, de nada menos precisa do que Cristo”, quer reconheça ou não esta necessidade. Por isso, “só a pura descrença quer dar ao mundo… algo menos que Cristo”.

Tiago Oliveira

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Férias...

Pós férias, um tanto ou quanto turbulentas, que é o que pode acontecer a qualquer pessoa que tenha filhos, ou mesmo a qualquer pessoa que respire, decido registar algumas das coisas ouvidas nas mesmas:
- Numa conversa, durante um determinado acampamento, uma pessoa bastante conhecida nestas lides dos blogues, referiu que achava ridículo as mulheres intelectuais (peço desculpa se estiver a alterar o sentido do discurso), claro que isso suscitou uma reacção da parte de alguns (algumas) presente. Eu nunca tinha pensado em tal coisa, e não é que aquilo me fez sentido, pareceu-me um discurso muito mais em favor e valorização da mulher.
- Durante uma conversa com o meu conjuge ele citou um amigo nosso, com quem concorda, dizendo o seguinte "não há coisa mais egoísta que o medo". Difícil de aceitar, mas é capaz de ser verdade...
- Domingo passado, ainda de férias, o Pregador referiu que muitas vezes há pessoas interessadíssimas em realizar prodígios, que se esquecem que o maior prodígio foi a morte de Jesus na cruz.
Triman

Lamentos...

Estou cada vez mais convencido que o descontentamento face ao estado da igreja pode ser apenas uma simples manifestação de frustração face à ausência de êxito/sucesso. Estivesse a igreja em Portugal em expansão, não será que a grande maioria dos que nós hoje choram pela decadência actual não estariam em alegre pândega a refestelar-se da carne abundante? Será o nosso lamento pela Verdade ou pela falta de lama onde nos espojarmos?

Tiago Oliveira

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Herói inconsciente...

...foi assim que me senti, ao ser alvo da atenção por parte de colegas admirados pelo facto de já ter filhos, com a idade que tenho, ainda por cima, mais do que um!!!

Triman

terça-feira, 15 de julho de 2008

Local de trabalho

O meu local de trabalho continua a impressionar-me. Seja em que grupo de trabalho for tenho que estar a ouvir coisas de outros colegas. E mesmo que alguém possa ter razão, esforço-me por manter moucos os meus ouvidinhos, pode ser que consiga sair são da situação, visto que ileso não saio de certeza...


Triman

terça-feira, 8 de julho de 2008

O paradoxo do Evangelho

Ele fala do paradoxo em que o pregador vive: "O Evangelho superioriza e humilha".
Pergunta-se: porque será que, desde os primórdios, os cristãos tenham sido considerados arrogantes quando a mensagem cristã aponta os homens, não somente para a humildade, para a humilhação? É impossível contornar o facto: o Apóstolo Paulo era um presunçoso. A sublimidade de Cristo não poderia ser comparada com o restante lixo.

Podemos, no entanto, ter a arrogência de nós próprios ou a presunção em Deus. A última tenta-nos em direcção à primeira, mas não se pode deixar de correr o risco.

Tiago Oliveira

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Avós

Mudando de assunto do Futebol, que por acaso (ou não) foi o 1º post que suscitou algum comentário, hoje dedico-me a uma homenagem aos avós, embora ainda não seja o seu dia institucional, mas está quase (26 de Julho, acho).
Passo a citar um texto que li:
"e dei comigo a pensar, no meio disto tudo, nos meus avós - dois deles, os avós maternos, conheci. Os paternos não - o meu avô morreu antes de eu nascer. A minha avó vivia em Goa e nunca nos encontrámos. O tempo relembra os avós e bisavós. Somos parte deles e eles prolongam-se em nós. É no mínimo intrigante, sublime e apaziguador. Pensem nos vossos avós por um momento (...)As pessoas ainda são o melhor que há neste mundo. Não as desperdicemos". (Cordeiro, M.)
Triman

domingo, 29 de junho de 2008

Futebol

Os comentadores desportivos conseguem cada proeza! Acabo de ver o Alemanha - Espanha e um dos comentários final foi "A vitória do Futebol espectáculo contra o Futebol carracancudo". Quando for grande talvez alguém me explique o que é o Futebol carrancudo!
Triman

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ser positivo

A minha colega apresentou um power point de despedida dos colegas em que referia pelo menos uma coisa boa de cada um ou passada com cada um. No meio de tantos conflitos, é caso para dizer que ainda há pessoas que tentam ver o melhor de cada pessoa, e isso foi uma lufada de ar fresco para todos eles.

Triman

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Let´s dance

Quando só me apetecia estar a dormir...

Tiago Oliveira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Calcar" o Próximo

A minha colega que sempre me impressionou por tentar ficar de parte dos conflitos existentes no local de trabalho, por tentar ser imparcial e ter bom senso nas diversas ocorrências e porque apesar da amizade que temos vindo a desenvolver, nunca me tentou colocar contra ninguém, hoje após me contar uma situação complicada, muito desiludida desabafou: "Todos eles se quiserem passam-nos por cima, eu é que nunca consigo ou não quero ver isso, até que me acontece a mim". Humanamente respondi-lhe que quase todas as pessoas são assim. Valham-nos, por vezes (devia ser sempre), os principios cristãos, que tanta gente fica indignada por se tentar transmitir de geração em geração.


Triman

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Modas

A moda é uma faceta da vida que não se coaduna muito comigo. Não que eu tenha algo contra, só não tenho feitio nem paciência para me andar a preocupar com essas coisas. Provavelmente os meus filhos vão atrás. No entanto, por vezes, para bem deles vou cedendo a algumas dessas modas. Este ano, já aderi a uma, comprei (com dinheiro dado, diga-se) umas Crocs para um dos meus filhos. Dizem que são boas...a ver vamos! Pelo menos, vejo muitos enfermeiros e médicos com esse género de calçado. O que me faz presumir que esta moda veio dos hospitais, mas agora está nos pés de toda a gente. E não é que também estou a pensar em por um pé num sapatinho desses?
Triman

sábado, 14 de junho de 2008

Transportes Públicos II

Não há dúvida que este é um local onde podemos ir conhecendo a nossa sociedade. Há alguns dias atrás, na camioneta, entrou um senhor com uma tosse horrível. Sentou-se num banco não muito longe do meu, antes pelo contrário. Entretanto, começa a sinfonia da tosse e da escararia (desculpem a expressão, mas até é pouco para o sucedido). Claro, que colocou meia camioneta a olhar para si, e só não pôs a outra metade porque era daquelas tipo "lagarta". De vez em quando parava, e poucos segundos repetia-se o espectáculo. A senhora à sua frente tentava desviar o corpo, e uma senhora com uma criança olhava com ar preocupado. E eu pensava: "é a isto que estamos sujeitos..."É que a julgar pelas aparências aquele senhor poderia muito bem ser Tísico..., e estava descontraidamente naquele transporte público!
Mas, não são só coisas más que se vêem nestes locais, claro. Impressiono-me todos os dias com os Africanos (mais as africanas), que entram com o seu filho ou seus filhos nos transportes. Para elas, aquilo é natural, o mais pequeno vai ao colo (sem marsúpio, sem nada) e o(s) outros(s) lá se vão sentando sózinhos. E chegam sempre ao seu destino e nós andamos tantas vezes preocupados, como é que levamos a "miudagem" de um lado para o outro.
Triman

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Discernimento II

Visito TNSJ com um amigo. À saída um senhor, em acto de grande respeito e reverência (bem ao estilo de um serviçal descrito por Dostoievski), aparentemente cumprindo o seu trabalho de alma e coração, despede-se desejando um bom fim-de-semana. Uns passos mais à frente, já fora do teatro, pouco impressionado com tal acto gentil, comenta P.:
- Aquele acto de servilismo é uma arrogância da parte dele.

Tiago Oliveira

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ser criança!

Ser simples é concerteza um sinónimo de ser criança. Hoje ao levar o meu filho para a escola, expliquei-lhe que não o podia pegar ao colo porque tinha um "dói-dói" nas costas. Mostrei-lhe então, o penso no local do tratamento, ao que ele me responde "Tiras o penso agora e pegas ao colo", simples, não é?

Triman

terça-feira, 3 de junho de 2008

A prática da presença de Deus*

Cristianismo é oração! A oração sempre foi central na fé judaica e cristã. O relacionamento entre Deus e o seu povo sempre foi uma marca distintiva da fé bíblica. A vida eterna oferecida aos Homens é definida por Cristo como o “conhecimento do único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo enviado por Ele” (Jo 17:3). Mas, como conhecer alguém sem estar com, sem partilhar, sem comunicar?

Se entendermos a vida eterna como o “chegar a conhecer Deus”, a oração certamente será o centro da fé. Se entendermos a oração como “acção de relacionamento” então tudo o que façamos para conhecer a Deus terá de passar pela oração.

Talvez uma das maiores razões pela qual negligenciamos tanto a oração seja o significado que lhe atribuímos. Pode ser que o primeiro motivo pela qual a nossa vida de oração é tão pobre seja a razão pela qual oramos. O que tem acontecido para que a oração seja tantas vezes enfadonha? O que temos feito à oração para que ela seja tantas vezes algo tão limitado – tanto em termos de espaço, de tempo, de forma, de conteúdo?

Tiago Oliveira
*Título dado à compilação de conversas e cartas da autoria de "Brother Lawrence"

domingo, 1 de junho de 2008

Dúvidas

Depois de algumas reflexões surge a dúvida: será que se alguém nos nossos tempos de adolescência em acampamentos evangélicos tivesse transmitido que a
vida cristã é uma transformação progressiva e não uma transformação radical automática, teriamos perdido tantos companheiros que se achavam não estar à altura desse desafio?
Não é que isso justifique qualquer atitude de quem já toma decisões por si próprios, mas deveria no mínimo levar-nos a reflectir sobre o que se transmite acerca de ser cristão.
Triman

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Encontros

Sábado passado tivemos um encontro raro. Enquanto estavamos com os filhos a brincar na rua, aproximou-se uma senhora também com o seu filho. Pensei que seria uma simples coincidência, que estariam a passar na rua com um destino qualquer, mas não. Tinham ido intencionalmente ter connosco para que o seu filho brincasse com os nossos. Claro, que nós incentivámos, mas pareceu-me um pouco estranho, talvez porque que nós, portugueses, somos um pouco desconfiados, e qual não é o meu espanto quando essa senhora começa a falar outra lingua para o seu filho. As coisas pareciam fazer mais sentido, principalmente porque o á vontade dela foi tão grande, que já nos convidava para irmos ter com eles ao jardim, ou mesmo visitar a sua casa. Depois dessa experiência fiquei com vontade de aceitar o seu convite... Parece-me que já não se encontra muita gente assim, só se for na internet e nesse caso certamente desconfio.
Triman

A tecnologia da fé

Se tivermos uma gripe tomamos “antigripine”. Neste ano ou no próximo ano.
Se temos uma dor de cabeça toma-se uma aspirina (eu prefiro o Nimed).
Mas não podemos repetir medicações ao nível da fé. A prescrição anterior já não faz efeito. E isto porque a tentamos aplicar na sua parte funcional. Não podemos aplicar algoritmos na tecnologia da fé. Talvez porque a fé não seja muito tecno. É necessário um desejo genuíno, profundo e honesto.

Tiago Oliveira

terça-feira, 27 de maio de 2008

Dar nas vistas

Estou convencido de que, no geral, se uma pessoa estiver com uma dor de morte, e o disser a alguém em tom calmo, será complemente desprezada e se, por outro lado, uma outra pessoa, apenas porque o jantar se queimou, desatar num pranto que se ouve no final da rua, falando de como esse facto a faz infeliz e miserável, e de como está em angústia dilacerante, será acarinhada e receberá a atenção de toda uma multidão sensibilizada por tão infeliz criatura que precisa do seu apoio num momento tão difícil da sua vida.

Tiago Oliveira
P.S. - não é auto-biográfico (pelo menos no momento). Por isso, escusam de perguntar.

sábado, 24 de maio de 2008

Nas sociedade dos direitos

A Bíblia dá-nos deveres, não direitos. Quando afirma que nos foi dado o poder de sermos feitos Filhos de Deus, isto aponta não para o habitual regateio do que nos pertence por “direito”, antes pelo contrário, leva-nos ao reconhecimento do não merecido e consequentemente para a acção de graças e para o serviço.
Veja-se o caso típico do tema dos “estrangeiros”. Quando à nação israelita lhe é dada a Lei, são-lhe dados deveres de cuidado para com aqueles que estão na sua terra, não os direitos que têm sobre aqueles que estão em terra alheia. Quando a nação israelita é exilada para terra alheia, Jeremias não os convoca à rebelião, antes dá-lhes deveres de cuidado para com aquela terra. Vai mais longe, diz-lhes que eles têm de fazer parte daquela terra.

Tiago Oliveira

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Afirmando a Vontade II

O reverso da medalha do extâse, no que às emoções diz respeito, é a apatia.

Esta é outra maldição já bem entranhada na fé hodierna. Se o extâse é buscado enquanto alvo, sinónimo de proximidade a Cristo, o seu desaparecimento gera a ideia de que a fé se ausentou. Ao assentarmos a medida da fé na emoção, ficamos insensíveis a tudo o que acontece que não aumente a nossa frequência cardíaca. Isto repercute-se ao nível da acção: só faço o que me apetece fazer.

Precisamos retomar a "Oração do Pai Nosso".

Tiago Oliveira

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Esclarecimento

Desenganem-se aqueles que pensam que Triman é Tiago Oliveira, a menos que à semelhança de Fernando Pessoa, Triman fosse um heterónimo de Tiago Oliveira. Mas, sinceramente, não me parece que essa seja uma das suas facetas...
Triman

Afirmando a vontade

O êxtase tornou-se o maior medidor da espiritualidade. O bom louvor, a boa mensagem, a boa comunhão é a que produz nas pessoas sentimento, que ao nível fisiológico pode não ser mais do que uma catarse emocional que podemos vivenciar num qualquer outro lugar que nos comova - a única dificuldade neste caso, para mim, é que poucas vezes o Benfica é campeão. Mas isto não serve de desculpa para usar o nome de Deus para as minhas descompressões.
Diz Tozer:
"Existem duas classes de amor: o amor do sentir e o amor do querer. O primeiro firma-se nas emoções, o segundo na vontade. Temos pouco domínio sobre o primeiro. Ele vem e vai, levanta-se e cai, ostenta-se deslumbrante e desaparece como lhe apraz, e passa de ardoroso a cálido e a frio, e de novo a cálido, lembrando as variações do tempo... Querer mandar que este caprichoso tipo de afecto visite o nosso coração é o mesmo que mandar uma borboleta pousar em nosso ombro para ali ficar."
Somente entendendo esta realidade que vai para além do que apetece podemos exultar e viver uma espiritualidade que diz sem vergonha: "Cedi enfim... admitindo que Deus era Deus, e ajoelhei-me e orei: talvez, naquela noite, o mais deprimido e relutante converso de toda a Inglaterra." (C. S. Lewis)

Tiago Oliveira

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Perder a vergonha

Dou-me conta que o mau uso leva-me ao afastamento.
Se calhar sou demasiado cauteloso.
Receando o abuso, não me dou a conhecer.
Na fuga de ser mal compreendido, evito a possibilidade da compreensão.
Com medo do sacramento ou da banalidade, perco a simbologia.
O pavor paralizante da morte apenas me retira a oportunidade da vida.

É pena!

Tiago Oliveira

(De)formar

Olho para a juventude e penso muitas vezes no meu papel como parte da formação destes cidadãos. Foi isso que também me ajudou a tomar a decisão do Post anterior: Formar ou deformar pessoas? Formar ou deformar valores? Por vezes, a decisão ainda está nas nossas mãos.
Triman

Tiro certeiro

Há dias em que ser éticamente correcto (se é que isso existe, porque ser ético já deve implicar ser correcto) parece um tiro certeiro em alguém, hoje foi um desses dias, e custou-me...

Triman

terça-feira, 13 de maio de 2008

Negócios

Li isto num livro que por vezes acho muito interessante e por vezes demasiado rebuscado:

"O que Jesus faria provavelmente se estivesse no lugar do comerciante Milton Wright:
1- Ele se dedicaria a este negócio acima de tudo com o propósito de glorificar a Deus, e não com o objectivo principal de ganhar dinheiro
2-Todo o dinheiro resultante do empreendimento não seria considerado seu próprio, e sim um fundo a ser usado para o bem da humanidade
3- Suas relações com os seus empregados seriam de grande afeto e apoio(..)
4. Nunca praticaria um único ato desonesto ou duvidoso e jamais prejudicaria, nem mesmo remotamente, um concorrente do mesmo ramo com a finalidade de obter qualquer vantagem (...)" (Em seus passos que faria Jesus, Sheldon, C.)
E veio-me a mente o ditado "Amigos, amigos, negócios à parte", que vezes sem conta se tenta aplicar no Reino de Deus.
Triman

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Estou um bocado pior que o autor do aindanaoestaescuro. Tenho uma branca que dura 10 dias ou mais. Pior que isso é ter tido algumas coisas para postar e não o conseguir fazer. Mas, pronto, existe uma grande diferença, é que eu não tenho jeitinho nenhum, nem vida para blogs. No entanto, é um desafio pessoal, e por isso, vou continuando.
Triman

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Romanos 8

"Queriam falar mas não podiam. Tinham os olhos marejados de lágrimas. Ambos eram pálidos e magros, mas naqueles rostos sem cor marcados pela doença já raiava a aurora de um futuro renovado, do renascimento total, da vida nova. Ressuscitou-os o amor, o coração de um era uma fonte inesgotável para o outro.
Decidiram esperar e aguentar. Faltavam ainda sete anos; tanto tempo de sofrimento insuportável e de felicidade infinita! Mas ele renascera e sabia-o, sentia-o plenamente com todo o seu ser renovado"
Fiódor Dostoiévski in "Crime e Castigo"

Tiago Oliveira

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Lembrando Provérbios 22:6*

"Oh,
the parents are the problem;
giving birth to maggots
without the sense to become flies.
So,
pander to your pampered little princess.
Oh."



Tiago Oliveira
*Bíblia

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Seres relacionais

"Qualquer sociedade nos oferece determinados modelos de vida, de comportamento, de cultura, mas no essencial, o objectivo fundamental a que se propõe é estabelecer a relação entre pessoas." (Amado,L.)
É pena que as pessoas nem sempre saibam viver em sociedade..., mas pena maior é que não o queiram aprender.
Triman

Mal-dizer

Andava com a sensação que o título da música dos Ninivitas colocada abaixo pelo meu convidado era: "Mal-dizer é fruto da inclinação natural, depressa se aprende", porque é que será? Agora que descobri que não , parece-me no entanto, que encaixava muito bem.

Triman

quarta-feira, 30 de abril de 2008

D. Quixote foi-se embora*(?)

"At Easter & Christmas
they granted us a view
of a world so much better
than the one we knew.
Everyone can share the Magic -
for thirty minutes at a time.
Here in Disney Time.
Here in Disney Time."



Tiago Oliveira
*letra de uma faixa de Jorge Palma

MAL-FAZER É FRUTO DA INCLINAÇÃO NATURAL*

"Build yourself a castle.
Keep your family safe from harm.
Get in to classical music.
Raise rabbits on a farm...
.
And people tell me
what a real nice guy you are.
So come on -
serenade me on your acustic guitar.
And don´t believe me
if I claim to be your friend.
Cos given half the chance
I know that I will kill again.
I will kill again."

Tiago Oliveira
* Título de uma faixa dos Ninivitas

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Coragem

"Antes prefiro que me dês já um tiro, do que eu entrar para o carro", foi assim que respondeu uma pessoa do local onde trabalho, quando vítima de carjacking, lhe disseram para entrar no carro.

Triman

terça-feira, 22 de abril de 2008

Hoje termino o dia assim:

- Muitas vezes ouço dizer que temos que ter um espaço para nós próprios, tirar um tempo para nós. Acredito na importância desse facto, mas e se eu não estiver cá amanhã? Peso na balança se vale a pena estar algum tempo comigo próprio ou antes aproveitá-lo com relacionamentos...

- "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor" (I coríntios 13:13)

Triman

Além da infantilidade

"A oração de Jonas (na barriga do peixe) não é uma auto-expressão original e espontânea." (...)"Nenhuma palavra na oração é original. Jonas tirou cada palavra - começo, meio e fim - do livro de Salmos." (...)
"A oração, que geralmente supomos ser mais verdadeira quando é mais espontânea, aparece em Jonas quando ele está na condição mais difícil que se possa imaginar como algo aprendido. Nossa surpresa diminui quando consideramos a linguagem em si: começamos com clamores desarticulados, mas depois de anos de aprendizagem somos capazes de criar sonetos. Sons infantis são mais honestos que os sonetos de Shakespeare? Ambos são honestos, mas os sonetos têm muito mais experiência." (...)
"Isto contrasta com o clima predominante da oração." (e não só!) "Nossa cultura nos apresenta formas de oração que são em grande parte auto-expressão - derramamo-nos perante Deus ou damos graças a Deus quando precisamos ou temos a oportunidade. Essa oração é dominada pela sensação do eu. Mas a oração, oração madura, é dominada pela sensação de Deus. A oração nos resgata da preocupação connosco mesmo e nos leva à adoração e peregrinação a Deus."
Eugene Peterson in "À sombra da planta imprevisível"

Tiago Oliveira

Diferenças II

E continua... Ontem no trabalho estavam a falar sobre ter bicicletas em casa (de ginásio), e eu referi que não tinha espaço para tal coisa. Ao que o meu colega responde "espaço tenho a sobrar. Aliás, há desvantagens nisso. É que quero vender a casa, mas quem é que quer uma casa de 13 assoalhadas?". No meio da conversa eu e a minha colega até lhe dissemos que se ele nos quiser dar a casa e pagar a uma mulher a dias, nós aceitamos.


E muito poderia eu acrescentar sobre este tipo de conversas...

Triman

sábado, 19 de abril de 2008

A consciência de Deus

Na cacofonia da discussão sobre a igreja e das razões para o seu não crescimento (como se essa fosse de algum modo uma questão central)...

Como alimentar a fé sem que esta se transforme num "sentimentalismo religioso ou choro romântico" ou, por outro lado, numa "arrogância patriótica ou orgulho farisaico"? No fundo, ir para além de "subjectividades e de ideologias" e, então, falar "Deus".*

Tiago Oliveira
*as expressões em "italico" são da autoria de Eugene Peterson, o resto é de minha responsabilidade (incluindoa adaptação da ideia)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Diferenças

À uns dias atrás uns colegas meus estavam numa conversa sobre os computadores portáteis e a internet. Às páginas tantas a colega refere que o filho tinha de usar um certo computador em casa com internet móvel porque a rede da casa não chegava ao quarto dele: "É que não estás bem a ver, a minha casa é muito grande, tem três pisos". Hoje, outro colega em conversa sobre a remuneração baixa de certos trabalhos disse "até a minha mulher-a-dias ganha mais, ela ganha quase 1000€. Pronto, não é bem mulher-a- dias, é como se fosse uma governanta". Até parece que estão a gozar connosco. Uma casa com três pisos eu dispensava bem, mas uma governanta que tratasse de tudo em casa era muito bem-vinda. Alguém dispensa uns míseros 1000€

Triman

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O nosso mundo!


Isto apenas para chamar a atenção de quem ainda não se tenha dado conta.

Tiago Oliveira

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ilustre convidado

No amante de alcatra pode ler-se "o meu amigo tem um blogue seu. Deixou de escrever à pala de outros...". Lamento desapontar. Ele é um ilustre convidado deste blogue que talvez venha a dar alguma credibilidade ao mesmo... "E o burro sou eu?"

Triman

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Rir faz bem à saúde

Numa entrevista ao Sr. Ricardo Araújo Pereira, li o seguinte:
" (...) satisfaço-me com qualquer um. Não posso ser esquisito, porque o riso não abunda. Há até quem diga que já não existe. Foi agora editado em Portugal um livro (História do Riso e do Escárnio, de Georges Minois, Teorema) cujo autor defende que o riso morreu. E o Eça escreveu que o riso tinha morrido durante a infância, alltura em que julga ter ouvido a última gargalhada genuína, e ele nasceu em 1845. Isto pode significar que o riso, depois de ter morrido há 150 anos, morreu agora outra vez. O que curiosamente, dá vontade de rir"
.
A cura de muitos males passaria talvez por nos rirmos mais vezes da/na nossa vida...
.
Triman

O óbvio que não queremos que seja real

Orar "Pai nosso... perdoa-nos as nossas dívidas (ou ofensas) assim como nós perdoamos aos nossos devedores" pressupõe que vivemos num mundo onde ofendemos e somos ofendidos.

Tiago Oliveira

domingo, 13 de abril de 2008

Frases

Hoje ouvi esta frase "A cidade afasta-nos de Deus".

Sobre Deus e a Fé

Nalguns círculos cristãos tendemos a confundir uma fé pessoal com uma fé individual. Confundimos o Deus pessoal com um deus individual.

Tiago Oliveira

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Gafe

Ontem, fora de horas, envio sms para uma pessoa com a seguinte pergunta: "aindas estás de pé?". Como quem diz: preciso de falar contigo mas não sei se já estavas a dormir e não queria correr o risco de te acordar desnecessariamente.
Sensivelmente quinze minutos depois recebo a resposta, pela mesma via, que li como se ouvisse claramente a voz. Seca: sem pontuação, sem despedidas ou outros apêndices. Um voz, num tom maternal, com duplo sentimento de censura e condescendência à mistura:
"Sim Tiago"

Tiago Oliveira

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Discernimento

É-nos mais confortável uma fé legalista. Existe o bem e o mal. O bem é facilmente distinguido do mal e vice-versa. Não quero relativizar porque é essencial saber chamar os bois pelos nomes. No entanto, tantas vezes é difícil discernir o significado das acções. Aqui fica o primeiro exemplo:

paciência ou apatia
Tiago Oliveira

Apresentação

"Mítia, ao desenvolver esta sua nova ideia, chegava aos píncaros do êxtase, como aliás sempre lhe acontecia nos seus projectos e iniciativas repentinos. Entregava-se a todas as suas novas ideias com paixão." Dostoiévski

Costuma ser assim, mas este não é o caso.

Tiago Oliveira

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Transportes Públicos

Não há dúvida que a ida para o trabalho desperta alguns pensamentos. Hoje, num dia de mau tempo (não tão mau como ontem), mais uma vez ao fazer a deslocação para o local de trabalho de transportes, surgiu-me, não pela primeira vez, uma certa indignação pela gente importante que defende os transportes públicos. Tirando algumas excepções, já por mim presenciadas no metro, por exemplo, ocorre-me perguntar: Será que esses senhores sabem o que é andar de transportes? Principalmente de camioneta em dias tempestuosos, em que se tem de fechar o guarda-chuva e acabar por ficar encharcados de qualquer maneira? Ou então, em horas do dia em que parecemos enlatados de sardinha ou na pior das hipóteses o autocarro parecer uma lata de paté? Ou mesmo, naqueles momentos em que vamos tranquilos e aparecem grupos com ar ameaçador ou simplesmente a falar alto e a andar de um lado para o outro?
Não me parece. Note-se também sou apologista da utilização dos transportes públicos, mas por favor, não façam destes uma imagem que os mesmos não têm. E acrescente-se, parece-me que já foi bem pior...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Viver todos os dias

Hoje, ao deslocar-me para o trabalho, de transportes, e enquanto pensava no dia que se seguia veio-me à mente um livro que li há alguns anos, ou melhor o título do livro, porque do conteúdo infelizmente ocorre-me pouco - "Viver todos os dias cansa" de Pedro Paixão. Não é que me queixe da vida em si, não é que não goste de viver, trata-se simplesmente de que viver neste mundo todos os dias não é "pêra doce". É mesmo caso para dizer "Valha-nos Deus"...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ida para o Trabalho

Neste momento o melhor que o trabalho me dá (e eu gosto de trabalhar), é a viagem de casa ao local. Aliás, quando é possível ir de carro, pois é dos poucos, senão o único momento do dia em que estou um pouco só. E diga-se, em abono da verdade, não é que eu goste de estar só, mas ás vezes sabe bem...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Má Língua

O local onde trabalho é à semelhança de muitos outros, um local onde a miséria do ser humano abunda. Não falo daquela miséria visível a todos os olhos atentos. Talvez bem pior, faz lembrar uma "roda de escarnecedores". É a pura da maledizência e do cinismo a imperar naquele local. O choque maior é percebermos que existe um certo gostinho por esta atitude, é uma atracção fatal pelo próximo, mas pelo mal ao próximo. Ou por outro lado, pelo bem de si próprio.
Só me resta levantar os braços e dobrar os joelhos de forma a tentar escapar impune a esta roda, e digo impune no sentido de não fazer parte dela e não no sentido de não ser o alvo da mesma, porque aí afirmo: "ninguém escapa ileso".

domingo, 30 de março de 2008

Filhos II

Continuando o pensamento anterior, parece-me que vou chegando à conclusão de que realmente a mulher na fase de criação dos filhos, deveria ficar em casa a ocupar-se dessa função. Por mim até podia ser o homem a cumprir este papel, apenas falo na mulher por ter uma função natural de alimentação do bebé nas primeiras etapas da sua vida. Percebo que foi uma vitória histórica a mulher poder ingressar no mundo do trabalho tal como o homem (ou pelo menos lá perto). Mas sejamos honestos, quem tem a possibilidade de formar uma familia percebe, alguma coisa há-de ficar para trás. A gestão duma carreira de sucesso e de uma educação de sucesso parece-me simplesmente uma tarefa sobrenatural, e penso que nós humanos não temos essa capacidade. Mas se alguém é capaz ( e há concerteza esses casos) dou-lhes os meus parabéns e admiração.
No entanto, revolta-me o facto de considerarem uma desvalorização do ser humano dedicar-se à educação dos seus filhos, que por acaso farão parte do futuro de uma sociedade? Se alguém tomar a opção louca, (pelo menos em Portugal assim é entendida) de ficar um tempo em casa a cuidar dos filhos será vista como o pobre coitado que não se vai desenvolver profissionalmente, socialmente ou culturalmente?
Pois bem, para quem tem essa possibilidade e tomou corajosamente essa opção, para esses também vai a minha admiração, pois colherão mais tarde os frutos daquilo que semearam nos seus filhos.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Filhos

Depois do período de reflexão, ou pelo menos supostamente de reflexão pela Páscoa, volto.
Volto com uma reflexão que há muito tenho vindo a desenvolver - O que é será que os filhos trazem de bom? Eu tenho filhos, sim. E essa experiência tem-me feito pensar constantemente. São noites mal dormidas, birras sem sentido, preocupações com as doenças, cansaço insuportável, férias condicionadas, carreiras comprometidas, dinheiro bem contado, etc. Percebo que alguns colegas meus não pensem ter esta trabalheira toda, ou então pensem diminuí-la para uma só (só um rebento). Percebo sim, mas de um modo geral, não deixa de ser egoísmo.
Apercebo-me que os filhos nos ensinam a viver sem olharmos só para nós próprios e a dia-a-dia aperfeiçoarmos aquilo a que chamamos amor, e talvez aproximarmo-nos mais o ideal cristão.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Sexta-Feira santa

A morte de Cristo.

Escola em Alvoroço II

Pelos vistos tinha razão. Na escola está tudo em alvoroço. Até os alunos se dignam a enfrentar os professores que cumprem os regulamentos e lhes tiram os telemóveis, que por acaso, mas só por acaso não se deveriam utilizar nas aulas.
E falo nisto porque me preocupa a formação que os nossos filhos irão ter nesta escola. É que a escola é inclusiva (para todo o tipo de cidadãos), só é pena é que inclua pouco a protecção dos professores e dos alunos que têm alguma intenção de aprender, de se formar para a vida futura como cidadãos responsáveis.
Parece-me que a opinião pública tem muitas vezes uma imagem negativa dos professores, resultado por vezes das polémicas com o Ministério da Educação, mas e que tal começarem a olhar para a escola com olhos de ver e começarem a preocupar-se com o futuro dos nossos filhos, que ao fim ao cabo é o futuro da nossa sociedade?

quarta-feira, 19 de março de 2008

Escola em alvoroço

Há uns dias atrás entrei na escola e tive um choque. Estava tudo em alvoroço. Uma agitação tremenda. E porquê? Avaliação do desempenho dos professores. Não sou contra a indignação e manifestação da opinião, mas acho que me indigna mais o facto de ver quão podre e cruel é o ser humano quando se trata do seu umbigo.
Continuo a dizer, sou a favor de que se deva lutar pelo que se acha correcto e pelos direitos de cada indivíduo/grupo, mas não será que perservar a saúde mental e social deveria também ser a prioridade de um cidadão?
É que quase me apetece dizer que está tudo louco na escola....

terça-feira, 18 de março de 2008

Continuação

Continuando as apresentações. Este nickname pelo qual me apresento talvez faça lembrar os super-heróis. Pode ter sido influência de uma série que por vezes perco tempo a ver - Smalville. Aliás, série essa que até este últimos dias nunca tinha merecido muito da minha atenção, mas ultimamente passei a dar uma olhada. Não é que se aprenda alguma coisa, simplesmente nos distrai um pouco. E talvez, todos nós por vezes desejássemos contactar com a Kriptonite e passar a ter algum super-poder... A verdade é que muitas vezes nos sentimos impelidos a parecer super-heróis desta vida, coisa que diga-se de passagem seria uma pura ilusão...

Apresentações

Não pensemos que o título deste blog tenha directamente algo a ver com o objectivo para o qual foi criado. Simplesmente faz parte de uma música que ouvi algures, e achei muito interessante. Para além disso, sou fã das obras de Lobo Antunes (pelos menos das que li, infelizmente, não foram muitas). Pretendemos apenas ir escrevendo umas notas soltas da vida do dia-a-dia, por isso aqui estou neste novo mundo para mim (velho para muitos dos meus ilustres conhecidos)